Parentalidade Positiva
A parentalidade não é uma patologia. Cada pai e mãe utiliza as suas técnicas e são os especialistas na educação dos seus filhos.
Contudo, as crianças têm diferentes forças e fraquezas, o que as torna diferentes no que toca a cooperar para a educação.
Não existem crianças más nem crianças boas.
Sabemos que as crianças não são biologicamente capazes de entender todas as nossas regras nem nascem com determinadas noções, tais como respeito. É necessário que os pais introduzam limites logo desde tenra idade. Quando bebé, criar rotinas para dormir. E quando começar a falar, encorajar o uso de palavras como “por favor” e “obrigado”.
Costuma gritar com os seus filhos?
O gritar com as crianças é algo frequente quando falamos de parentalidade, pois os pais procuram que o que está a ser pedido, seja cumprido. “Arruma os teus brinquedos, já!”. Pretende-se que as crianças cooperem, mas nem sempre é fácil e pode causar frustração nos pais. Por isso, é frequente recorrer-se ao “gritar”.
A parentalidade positiva acredita que bater, gritar, colocar de castigo ou time out, são estratégias negativas porque punem a criança por se portar mal. Então, o medo de voltar a ter a mesma punição é o que se espera com o uso deste tipo de estratégias.
Mas, será que funcionam?
Se o objetivo for terminar com um comportamento no momento, podemos dizer que sim.
Têm efeitos positivos a longo prazo?
Não.
Os pais têm como árdua tarefa cuidar, capacitar, orientar e guiar os seus filhos no caminho certo. Sem violência, vergonha ou medo, mas com o estabelecimento de limites que permitam um desenvolvimento positivo da criança. Para tal, a parentalidade positiva defende que devem ser utilizados métodos mais positivos e menos punitivos.
A Parentalidade positiva.
Refere-se ao respeito pelas crianças e pelos seus direitos – respeito mútuo – procurando soluções para o mau comportamento em vez de se focar na punição ou violência.
Para além do desenvolvimento positivo da personalidade da criança, as estratégias positivas facilitam uma maior proximidade, confiança e segurança na ligação entre pais e filhos. Esta ligação pode ser fortalecida com uma boa comunicação, ao ajudar os seus filhos a expressar sentimentos e emoções. Este aspeto é particularmente importante quando falamos de adolescentes que tendem a guardar ou reprimir as suas emoções e os seus sentimentos.
A parentalidade positiva não é permissiva.
O que se defende é o respeito pelos direitos da criança no sentido de as educar sem violência, medo, vergonha. Claro que é necessário estabelecer regras e limites. Mas com empatia para com as emoções dos seus filhos. Se a criança não quer partilhar um brinquedo, podemos falar com ela e dizer que entendemos o que sente, mas que é importante partilhar os brinquedos com as outras crianças.
Este aspeto encontra-se bastante relacionado com um outro ponto positivo do uso de estratégias mais positivas e menos negativas: os pais conseguem perceber quais as motivações por detrás do mau comportamento. Procurar também entender e perceber se existe alguma causa ou causas que possam justificar o mau comportamento. Houve alguma mudança na família? Algum acontecimento significativo? Nasceu uma irmã ou um irmão?
É fácil?
Não. O segredo está na paciência dos pais e na capacidade de regularem as suas emoções. É fundamental trabalhar a relação com os filhos e criar uma ligação forte entre si e estabelecer regras simples, mas consistentes. Nesse sentido, as crianças vão aprendendo o que se espera delas.
Manter a calma é algo mais fácil de dizer do que fazer. Contudo, quando falamos de crianças, é fundamental ter em atenção que estas aprendem também através da observação. Então, se os pais se comportarem da forma que querem que os seus filhos se comportem, pode ser um passo gigantesco nesta caminhada da educação. Deixe que os seus filhos vejam o que é ter compaixão e ser amável.
Educar pode ser difícil de vez em quando.
Porque não experimentar algumas estratégias positivas?
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